Wine in Azores 2023

António Carvalho, nascido em Felgueiras, em 1946, começou por ser proprietário e gerente de vários restaurantes no Norte e no Sul do país, até ao dia em que decidiu assumir também a chefia da cozinha e dedicar-se exclusivamente ao seu Brasão, um restaurante com 45 anos, reconhecido com vários Diplomas de Ouro no Concurso de Vinho Verde e Gastronomia, no Concurso Gastronomia com Vinho do Porto e na Revolta do Bacalhau. Colecionador de vinhos e aguardentes antigas e apaixonado pela cozinha portuguesa e pelo bom produto, faz cozinha tradicional de conforto, embora com a visão arejada de um homem muito viajado e cheio de vontade de viver. Entre as inúmeras distinções, o Chef António Carvalho foi distinguido, no Congresso Nacional de Cozinheiros (CNC) deste ano, pelo seu trabalho em prol da gastronomia portuguesa.

O cheiro a fumo vindo da cozinha do restaurante dos pais, os fornos a lenha acesos, a cor vibrante dos alguidares de barro e os fumeiros expostos sempre estiveram bem presentes na vida de António Queiroz Pinto. Cresceu entre a cozinha e a sala da histórica Pensão Borges, em Baião, a vila onde nasceu. A paixão foi flagrante. O estágio na Casa de Calçada com o Chef Vítor Matos e, mais tarde, a experiência nos Dos Cielos, em Barcelona com os “Hermanos Torres”, abriram-lhe as portas necessárias para um tipo de cozinha mais evoluída. Retornado a Portugal, em 2014, eis que surgiu o seu maior desafio: chefiar o restaurante de Tormes, na Fundação Eça de Queiroz — uma responsabilidade que bem recebeu. A primeira tarefa foi recorrer-se da literatura do escritor português e dos milhares de referências gastronómicas que faz nas suas obras e transformá-los em algo palpável, tendo por base a cozinha da região. Ao apreço pelo escritor acresce o respeito pelos produtos locais e pela boa preparação e conservação dos mesmos. Não é ao acaso que 90% dos ingredientes que utiliza na cozinha têm origem em Baião, sejam provenientes da horta de António ou de produtores da terra. O orgulho de Baião fala mais alto quando o cozinheiro comenta a sorte de estar localizado entre o Douro e as Serras, de ter os peixes do rio bem perto, bem como, as pastagens da raça Arouquesa e os rebanhos de cabras do Marão.

Francisco Gomes licenciou-se em Gestão e Contabilidade em 1997, tendo assumido com os pais a gestão do negócio da família, a pastelaria A Colonial em Barcelos. No entanto, a gestão não chegava para o seu espírito criativo, inquieto e irreverente, precisava de colocar as mãos literalmente na “massa”, dar asas à sua imaginação e à sua paixão, a pastelaria, sendo que entre 1999 e maio de 2021 foi responsável pelo desenvolvimento de sobremesas de restaurante e pastelaria, do negócio familiar. Foi aí que, entre outros bolos criou em 2007 o já emblemático Bolo das Cruzes. Em 2001, ingressa no curso de Petit Four na Escola da Pontinha e a partir daí nunca mais parou, fazendo várias formações na L’ecole Valrhona, Ecole Ferrandi e no Atelier Pierre Hérme, de quem segue atentamente o trabalho, a par das formações e da atualização bibliográfica e estudo constante, pois é um aficionado de livros/artigos da área, viaja e frequenta os vários eventos gastronómicos e de pastelaria da Europa, restaurantes, pastelarias e afins, de referência, de forma a manter-se atualizado e alimentar a sua paixão pela gastronomia. Destaca-se os estágios de pastelaria realizados em alguns dos melhores restaurantes do mundo, tais como, e El Celler de Can Rocca (o melhor em 2013, eleito pela Aqua Panna S.Pelegrino) em Espanha e Mugaritz (o 4º melhor em 2013, eleito pela Aqua Panna S.Pelegrino). Em março de 2015, foi o chef de pastelaria convidado para uma aula de pastelaria e júri numa prova de eliminação do programa de televisão Masterchef e no ano seguinte voltou, mas desta vez para o Masterchef Junior. De realçar ainda que em junho de 2010 foi um dos jovens Chefes portugueses que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva homenageou, tendo sido mesmo dos poucos que deu a degustar aos presentes as suas iguarias.

José Fernandes Freitas é um chef pasteleiro com uma enorme experiência, tendo nos últimos anos sido formador no Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria na Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos.

Nuno Castro, 38 anos, e chef executivo do restaurante Fava Tonka. Decidiu trocar as voltas ao curso de economia para ingressar nas lides de cozinha. Começou no Sheraton a rodar pratos, mas cedo percebeu que seria pelo Reino Unido onde iria iniciar os seus estudos e as suas viagens, que mais tarde o iriam inspirar. Entre cozinhas e paredes, de regresso a Portugal, Nuno não só exprime a sua criatividade através da cozinha como nos graffitis. Hoje, e depois de várias passagens por restaurantes icónicos da cidade do Porto, é no Grupo do Avesso onde aplica todos os seus skill sets, gere e operacionaliza a parte gastronómica de todos os conceitos do grupo. Quando há tempo livre retorna aos graffitis!!

Chefe de cozinha do restaurante Verdial. Desde cedo demonstra a sua paixão pela cozinha, ligado as suas origens, acompanha de perto as tradições e costumes da sua terra. Iniciou o seu percurso como cozinheiro na empresa ArisDouro, tem a oportunidade de passar por casas emblemáticas como o restaurante Doc, Dop e Casa de chá da Boa nova, onde fez parte da equipa que conquistou a primeira estrela Michelin para o restaurante. Participou em concursos de cozinha das edições de gosto, onde em 2017 disputou a final nacional do jovem talento da gastronomia. Desempenhou funções como Subchefe de cozinha do restaurante Ammar e Leça da Palmeira, que por consequência da pandemia deixou algum tempo extra, para o papel de docente que desempenhou. Atualmente devido a forte ligação a terra e ao sentido de pertença estabeleceu-se em Felgueiras, onde desempenha funções como chefe de cozinha do restaurante Verdial. Em simultâneo leva a comida e a sua essência a casa dos seus clientes, em jantares e almoços privados, com os mais variadíssimos conceitos. “Se não fosse o seu amor pela cozinha, declarava todo o seu amor pela terra e tornar-se-ia agricultor.” Ainda que este não seja um projeto totalmente posto de parte, manifesta o seu amor pelo planeta através do contacto com a natureza, que lhe traz a calma e serenidade que o caracterizam. ”

Renato Cunha, nascido em 1975, é o chefe e proprietário do Restaurante Ferrugem e docente na Universidade Portucalense e na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Porto. Com espírito empreendedor e uma vida multidisciplinar, divide o tempo entre o Ferrugem, um projeto de restauração desde 2006, a docência no ensino superior e as atividades ligadas à terra, como a horta biológica, o alojamento local em ambiente rural e o projeto #ircomsedeaopote, eleito “Experiência Turística de 2022”, nos Prémios de Inovação e Turismo do Minho. Em 2016 foi distinguido com a Medalha de Mérito Municipal Económico pela Câmara de Famalicão e em 2023 recebeu a Medalha de Mérito Cultural na sua terra natal - a Vila de Ribeirão. Em 2019 fez a parte curricular de Mestrado em Turismo e Hospitalidade, na Universidade Portucalense, área em que leciona várias disciplinas. A par da gastronomia, nutre especial interesse pela área dos vinhos, lecionando Enogastronomia e tendo sido várias vezes premiado em concursos de harmonização de gastronomia e vinhos, assim como jurado em concursos do mesmo âmbito. Em 2012 foi eleito Chefe de Cozinha do Ano pela Revista Wine e, em 2017, o Ferrugem foi eleito Restaurante do Ano pela Revista Vinho Grandes Escolhas. Ainda nesta área, com o Ferrugem conquistou o diploma de ouro nas últimas edições do Concurso Gastronomia com Vinho do Porto, assim como quatro diplomas de ouro em cinco participações no Concurso Vinhos Verdes e Gastronomia. Tem também no seu currículo múltiplas participações em atividades como o “Congresso Nacional de Cozinheiros”, “Peixe em Lisboa”, “Wine in Azores”, “Vinho Verde Fest”, “Vinho Verde Wine Fest Brasil”, “Essência do Gourmet”, “Essência do Vinho”, “Fórum Gastronómico da Corunha”, múltiplas palestras e várias conferências como as conhecidas TEDx. É membro da Rede de Mentores Famalicão Made IN e jurado do Prémio Ecotrophelia Portugal, uma competição promovida pela PortugalFoods, que integra a competição internacional e que tem como desígnio promover a inovação e o empreendedorismo no setor agroalimentar europeu. Cozinheiro por vocação, gosta que o vejam como embaixador da gastronomia portuguesa. Para isso, atento ao que se faz em Portugal e no mundo, procura uma formação de banda larga, assente tanto no empirismo popular, como no conhecimento da alta cozinha e da academia. A cozinha que preconiza tem como principais ingredientes os produtos com identidade portuguesa e de preferência com origem numa agricultura sustentável (biológica ou biodinâmica) - uma cozinha manifestamente de raízes populares, com grande rigor técnico e temperada com criatividade e inovação.

Diversos chefes a cozinhar ao ar livre, com fogo de chão e caldeirões de ferro. A proposta baseia-se num exercício gastronómico informal, interativo e de partilha, em que os chefes cozinham juntos, mostrando a sua versatilidade gastronómica, com pratos de conforto e que fazem parte do imaginário rural, resultando em iguarias de aspeto popular e sabor absolutamente sofisticado. Os trabalhos de confeção começam ao início da tarde, junto à entrada do Parque de Exposições da Ilha de São Miguel, na Ribeira Grande, e a degustação tem hora marcada entre as 19h00 e as 24h00. Serão servidas pequenas doses, a 6€ cada, e, como o vinho não poderia faltar, haverá vários bares de apoio no local com vinhos e outras bebidas. Por cada dose servida, reverte 1€ para uma associação humanitária de S. Miguel.

Tal como tem acontecido nos últimos anos, a Gorgeous Azores, Lda., organizadora do Wine in Azores e a Associação Cegos por Provas, têm o prazer de anunciar o “Best Wine In Azores”, concurso que premiará os melhores vinhos presentes no evento. Esta é uma forma de publicitar ainda mais as marcas envolvidas, chamar mais público a provar os vinhos premiados e consequentemente aumentar a notoriedade dos respetivos produtores. Logo no primeiro dia da feira será feita a entrega dos prémios e diplomas aos vencedores. Serão 5 as categorias a concurso: “Melhor Espumante” “Melhor Branco” “Melhor Rosé” “Melhor Tinto” “Melhor Fortificado/Naturalmente Doce” Os vinhos serão provados em prova cega. As provas decorrerão no Sábado dia 14 de outubro a partir das 9h, sob a chancela dos “Cegos por Provas”, grupo que organiza este tipo de provas desde 2013, um pouco por todo o país. O júri, composto por escanções, enólogos, produtores e provadores convidados, será dividido por 3 mesas de prova (cada mesa provando ⅓ dos vinhos a concurso), com presidente de mesa e pelo menos um vinho repetido em cada mesa (para se aferir da justeza e calibração dos provadores). Os 5 melhores brancos e tintos e os 3 melhores espumantes, rosés e fortificados serão sujeitos a uma finalíssima e provados por todos os membros do júri.